02/06/2025 - 16:00
Tem superesportivo novo na área. Trata-se de mais um exemplar da Ferrari Daytona SP3, que desembarcou no Brasil na última semana, a bordo de um voo fretado da TAP Portugal.
Segundo dados do Denatran, é o terceiro exemplar do superesportivo que botou os pneus em solo nacional, número considerável levando em conta que apenas 599 exemplares foram fabricados pela marca de Maranello. Valores? Pelo menos 2,2 milhões de euros, ou o equivalente a R$ 14,3 milhões no câmbio atual.
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Origem do Daytona SP3
A Daytona SP3 não é novidade no mundo: veio ao mundo no final de 2021, integrando a série de modelos “Icona”, iniciada em 2018 com a Monza SP1. Na ocasião da estreia, todas as 599 unidades do modelo já tinham sido vendidas. A produção dos últimos exemplares aconteceu no final de 2024.
Motorização
A tal série Icona da Ferrari homenageava modelos lendários da marca. No caso da SP3, a fonte de inspiração principal foi a 330 na configuração “P” de competições, de meados dos anos 60. Até por isso, a tradicional fabricante italiana manteve o tradicionalismo na configuração mecânica da sua Daytona: debaixo do capô traseiro vai um motor V12 6.5 naturalmente aspirado, sem superalimentação nem tampouco auxílio elétrico. Raiz.
Falamos de nada menos que 840 cv de potência a mais de 9.200 giros, com torque que supera os 71 mkgf, também em altas rotações, que garantem um belo ronco na hora de acelerar fundo o V12. Esse é o mesmo motor da 812 Competizione, mas recalibrado para gerar 10 cv extras, graças a melhorias na issão e escape. Até hoje, é um dos motores naturalmente aspirados mais potentes da história da Ferrari.
Com tração traseira e transmissão automatizada de dupla embreagem e sete velocidades (com trocas em 200 milissegundos, de acordo com a marca), o esportivo precisa de míseros 2,85 segundos para ir de 0 a 100 km/h, ou 7,4 segundos para acelerar da imobilidade até os 200 km/h. Ou seja: ela demora menos tempo no 0-200 que um Fiat Pulse Abarth leva no 0-100. A velocidade máxima vai além dos 340 km/h.
Detalhes
Feita sobre a plataforma da LaFerrari Aperta, a Daytona SP3 abusa das partes em fibra de carbono, seja na base, estrutura ou peças da carroceria. Isso lhe garante um peso não tão alto, inferior a 1.500 kg, e uma relação peso x potência de menos de 1,8 kg/cv. Pudera, graças a soluções como o motor central-traseiro, sua distribuição de peso se aproxima da perfeição: são 44% da massa na dianteira e 56% na traseira.
No conjunto total, além do visual agressivo com faróis “escondidos”, linhas musculosas e foco maior na aerodinâmica, está o teto removível, que permite a Daytona SP3 virar praticamente um conversível, caso o proprietário queira. Freios desenvolvidos pela italiana Brembo (referência no segmento), e pneus Pirelli exclusivos calçando rodas aro 20 na dianteira e 21 na traseira fecham o pacote.
Surpreendentemente, o modelo consegue se manter estável e no chão mesmo sem assistências aerodinâmicas ativas, como asas móveis ou spoilers retráteis. Também é uma forma da Ferrari manter sua estética e condução numa forma mais tradicional. Ainda assim, a marca italiana garante que a Daytona SP3 gera quase 230 kg de downforce a 200 km/h, número pra lá de positivo considerando sua “naturalidade”.
Por dentro, com maioria em fibra de carbono, forração principal em camurça (Alcantara), tela da instrumentação de 16”, e foco total no cockpit, com a maioria dos controles voltados ao motorista. Pedaleira e volante têm ajustes, já que os bancos são extremamente baixos e fixados ao monobloco. E, dado o seu desempenho de superesportivo, há cintos de cinco pontos para os dois ocupantes.
Essa terceira unidade da SP3 que chegou ao Brasil, pintada na tonalidade Blu Swaters (um azul marinho metálico), aportou no Aeroporto Internacional de Guararapes, em Recife (PE), no final de maio. O dono? Segue em anonimato…
